segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

As Matrizes do Samba Carioca e Carnaval: algumas reflexões sobre patrimônio imaterial

Compartilhamos o artigo "As Matrizes do Samba Carioca e Carnaval: algumas reflexões sobre patrimônio imaterial", de autoria de Fabiana Lopes Cunha (é Professora Doutora da .UNESP- Campus Experimental de Ourinhos – Ourinhos/SP), publicado na revista digital Patrimônio e Memória, UNESP – FCLAs – CEDAP, v. 5, n.2, p. 34-57 - dez. 2009

Resumo: Nosso trabalho busca discutir o samba carioca e o documento produzido pelo Centro Cultural Cartola para registrar as matrizes do samba do Rio de Janeiro como um bem imaterial no Livro das Formas de Expressão criado pelo IPHAN em 2000. Para isso, buscamos compreender as diferentes expressões deste gênero musical e suas transformações narrativas, melódicas e timbrísticas que o transformaram de música marginal a símbolo de brasilidade e que o tornaram o ritmo da maior festa brasileira: o carnaval. Compreendemos que tal processo se deu em consonância com as transformações políticas, sociais e urbanísticas que a cidade do Rio de Janeiro sofreu nas primeiras décadas do século XX e que, o inventário e registro das matrizes do samba carioca é fruto não apenas dos anseios da comunidade de sambistas, mas também do diálogo destes com intelectuais e gestores públicos. Além disso, tal política voltada para a preservação e salvaguarda dos bens imateriais se coaduna com políticas e projetos urbanísticos de transformação de certos espaços citadinos em verdadeiros museus a céu aberto, como é o caso do Museu a Céu Aberto do Morro da Providência e da construção da Cidade do Samba, que expressam uma preocupação com a revitalização da área, a valorização imobiliária e o incremento da indústria do turismo.  

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